ENGENHARIA ELÉTRICA

Projeto Político Pedagógico

Arquivo do Projeto Político Pedagógico Vigente
Perfil Profissional

Perfil do egresso

O engenheiro deve ser um profissional com formação técnico e científica sólida, preocupado em atender interesses sociais e preparado para desenvolver, aperfeiçoar, dominar e empregar tecnologia com os objetivos de produzir bens e serviços, de forma inovadora e empreendedora, que atendam às necessidades da sociedade com qualidade e custos otimizados. O perfil profissional deverá estar orientado para uma formação holística, humanista, crítica e reflexiva, capacitado para absorver e desenvolver novas tecnologias, adotando perspectivas multidisciplinares. Tendo uma atuação crítica, cooperativa e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e compromisso com a segurança e saúde no trabalho, responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.

Candidato(a) à Área

Áreas de Atuação do Egresso

Os profissionais egressos do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica atuarão como empregados, gestores ou autônomos, nos campos de atuação profissional da modalidade elétrica, conforme detalhado no Anexo II da Resolução nº 1010 do CONFEA, de 22 de Agosto de 2005, principalmente nos campos de: Eletricidade Aplicada e Equipamentos Eletroeletrônicos, Eletrotécnica, Eletrônica e Comunicação, Biomédica, Controle e Automação Hardware, Informação e Comunicação, Sistemas de Comunicação, Tecnologia de Comunicação e Telecomunicações. O egresso recebe uma formação plena de engenheiro eletricista, podendo atuar em diversos setores e cargos. Pode trabalhar em concessionárias de energia nos setores de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica, em empresas de automação e controle, ou de instalações elétricas industriais, comerciais e prediais, atendendo às necessidades de implantação e manutenção dos sistemas, e de projeto e avaliação das instalações. Em sua atuação, estuda, projeta e especifica materiais e equipamentos elétricos, eletromecânicos, magnéticos, ópticos, sensores e atuadores, de instrumentação, de transmissão e recepção de dados, de áudio/vídeo e de telecomunicações, de potência e de máquinas elétricas. Atua em instalações elétricas, sistemas de medição e de instrumentação, de acionamentos de máquinas, de iluminação, de proteção contra descargas atmosféricas e de aterramento. Atua na área de materiais eletroeletrônicos, sistemas de medição e de controle eletroeletrônico, desenvolvimento de sistemas, produtos e equipamentos eletrônicos, sistemas embarcados, conversores, equipamentos biomédicos e informática médica. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, em maioria para manutenção de instalações prediais, industriais e odonto-médico-hospitalares. Pode trabalhar em empresas de telecomunicações, de telefonia e radiocomunicação fixa e móvel, com satélites de comunicação e com sistemas de cabeamento estruturado e fibras.

ópticas. Executa e fiscaliza obras e serviços técnicos, efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres.

Competências e Habilidades do Profissional

Habilidades e Competências O Currículo do Curso é formulado para atender às competências apresentadas na RESOLUÇÃO Nº 2, DE 24 DE ABRIL DE 2019, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia), que são observadas no texto abaixo: Formular e conceber soluções de engenharia: formular questões de engenharia, de maneira ampla e sistêmica, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas às necessidades dos usuários e de seus contextos; Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos válidos: simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação: a) ser capaz de modelar os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas teóricas adequadas, podendo ser usados métodos computacionais. Conceber experimentos para validar esses modelos; Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: ser capaz de aplicar conceitos de gestão para planejar e coordenar projetos e serviços de Engenharia, conceber e projetar soluções viáveis e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para essas soluções; Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia: estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação. Desenvolver sensibilidade global nas organizações. Projetar novas estruturas empreendedoras. Realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia, nos contextos social, legal, econômico e ambiental; Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica: ser capaz de expressar-se adequadamente, até mesmo indo além da língua pátria, mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis; Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: ser capaz de interagir com as diferentes culturas. Atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede. Gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa. Preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado; Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão: atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; Aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizandose em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação: ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.

Metodologia

. METODOLOGIAS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

A Universidade do Estado de Mato Grosso tem instituídas políticas educacionais que intencionalmente colocam o discente diante das oportunidades e dos desafios inerentes ao ensino superior em uma universidade e que são necessários ao seu avanço intelectual e profissional. Estas políticas asseguram uma infraestrutura bibliográfica com acervo físico e digital, disponível de forma gratuita e distribuída nos vários câmpus da Unemat, além de plataformas que contribuem para a comunicação e para com o processo ensino-aprendizagem a que o discente estará sujeito. Em adição a isso, tais políticas permitem, institucionalmente e intencionalmente, a integração, a inclusão e o reforço da permanência dos discentes nos cursos da instituição.

Neste capítulo são apresentadas a metodologias e políticas educacionais que fundamentalmente articulam o processo ensino-aprendizagem do discente, as TICs disponíveis e os projetos presentes na universidade. Estes elementos congregam a teoria, a prática e as relações humanísticas inerentes ao convívio universitário a ser usufruído por todos os acadêmicos do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica no campus de Sinop-MT.

Relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão Seguindo o que diz a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 207, o Estatuto da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, resolução nº. 002/2012 – CONCUR, no inciso II de seu artigo 2º, estabelece como princípio institucional “a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão”. Seguindo este princípio institucional, o Plano Estratégico Participativo da UNEMAT, aprovado pela resolução nº. 048/2016 – CONSUNI e homologado pela resolução nº. 003/2018 – CONCUR, expressa que a Universidade do Estado de Mato Grosso tem como missão “oferecer educação superior pública de excelência, promovendo a produção do conhecimento por meio do ensino, pesquisa e extensão de maneira democrática e plural, contribuindo com a formação de profissionais competentes, éticos e compromissados com a sustentabilidade e com a consolidação de uma sociedade mais humana e democrática”. Nestes termos, cabe expressar que este projeto pedagógico de curso segue em consonância com o acima exposto e tem como uma de suas metas buscar, no âmbito do curso de Engenharia Elétrica, a vinculação entre teoria e prática por meio da articulação continuada entre ensino, pesquisa e extensão. Cabe esclarecer que, é intento do curso de Engenharia Elétrica buscar o aprimoramento das atividades de ensino por meio de capacitação dos docentes, que tem como alvo as atividades voltadas ao aprendizado dos alunos, de modo que estes se vejam aptos e motivados a participar das ações e pesquisa na/da universidade. Particularmente, tais ações ocorrem mais frequentemente por meio da elaboração monografias que são apresentadas como Trabalho de Conclusão de Curso e/ou relatórios e/ou produção intelectual na Iniciação Científica. Porém, tais ações não se restringem apenas a estas duas possibilidades. Assim, estando o aluno imerso no meio científico e tecnológico, cabe a ele e aos docentes expandirem os seus horizontes para além dos muros da universidade, fazendo com que a comunidade externa se beneficie das potencialidades de aprendizagem dos alunos e os potenciais serviços que o ensino superior tem a oferecer. Neste contexto encontra-se a extensão universitária como outros, articulador do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos do curso. A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394, de 1996) estabelece em seu artigo 43, inciso VII, que as universidades devem: “(...) promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição”. Dessa forma, a extensão universitária é a responsável não apenas pela criação de relações entre a universidade e a comunidade externa como, também, pela possibilidade de atuação do acadêmico junto à sociedade em ações que visem sua prática. Se, por um lado, a pesquisa está legalmente garantida ao aluno de graduação, no mínimo, por meio de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), por outro lado, a resolução 011/2020 – Ad referendum – CONEPE dispõe/regulamenta sobre a obrigatoriedade da inclusão da creditação da extensão universitária nos cursos de graduação da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT.

o Grosso – UNEMAT. O parágrafo primeiro da referida resolução estabelece que ela se destina à: “(...) Promover e creditar as práticas de Extensão Universitária abarcando as áreas temáticas como processo de formação acadêmica de graduação, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade, e garantir as relações multi, inter e/ou transdisciplinares e interprofissionais da universidade e da sociedade”.

Assim, as Atividades Curriculares de Extensão (ACE) passam, formal e legalmente, a serem obrigatórias aos alunos, lhes gerando créditos necessários à sua formação. A resolução estabelece ainda, em seu artigo 5º, que as ACE farão parte da matriz curricular dos cursos de graduação e comporão, no mínimo, 10% (dez por cento) da carga horária total do curso. Nestes termos, fica garantida documentalmente a ocorrência do ensino, pesquisa e extensão universitária na vida acadêmica do aluno. Cabe especificar que, além das ações extensionistas previstas na resolução 011/2020 – Ad referendum – CONEPE, projetos, programas e centros de Extensão Universitária podem ser criados e empreendidos a qualquer tempo, independentemente da vinculação/creditação direta com os cursos de graduação. Assim, o acadêmico poderá contar com inúmeras possibilidades de complementação de sua formação. Como exemplo das possibilidades acima, tem-se o Programa de Formação de Células Cooperativas – FOCCO, ainda vigente na instituição. Este programa voltado ao ensino, foi instituído pela Resolução nº. 0010/2013 – CONEPE e homologado pela Resolução nº. 0038/2012 – CONEPE. O FOCCO é vinculado à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e tem por objetivo … o aumento da taxa de permanência e aprovação nos cursos de graduação, o estímulo à formação de capital social a partir do capital intelectual discente, bem como a formação de profissionais proativos e habilitados para o trabalho em equipe. (Resolução 038/2012 – CONEPE). Conforme o citado, o programa FOCCO é uma ação essencialmente voltada às atividades de aprendizado executadas por discentes da Unemat por meio da criação de células de cooperativas. Este programa é de fundamental importância, pois agrega à formação acadêmica a prática de estudos em equipe de forma intencionalmente ativa. Para finalizar, cabe citar também, como exemplo de propostas empreendidas por docentes, as ações de extensão vigentes que, direta ou indiretamente, estão ligadas ao curso de Engenharia Elétrica como: “Ascendit: foguetes, água e ar” e “Ciclo Acadêmico de Webinars da Engenharia Elétrica”.

Sistema de Gestão do Curso

De acordo com a IN 003/2019-UNEMAT e obedecendo à Resolução nº 2, de 24/04/2019 (DCNs de Engenharia), o Currículo do curso de Engenharia Elétrica está estruturado em 04 (quatro) Unidades Curriculares (UC) ou eixos formativos. UC I: Créditos obrigatórios de formação geral/humanística; UC II: Créditos obrigatórios de formação específica de cada curso; UC III: Créditos obrigatórios de formação complementar/integradora e; UC IV: Créditos de Livre Escolha. A UC I corresponde aos estudos/conteúdos de formação geral oriundos de diferentes áreas de conhecimento, aos conteúdos das áreas específicas e interdisciplinares, seus fundamentos e metodologias. Poderá abarcar conteúdos antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, éticos, políticos, comportamentais, econômicos, de direitos humanos, cidadania, educação ambiental, dentre outras problemáticas centrais da sociedade contemporânea. A UC II compreende não só os conteúdos específicos e profissionais das áreas de atuação de cada curso, mas também os objetos de conhecimento e as atividades necessárias para o desenvolvimento das competências e habilidades de formação geral do aluno. A UC III compreende estudos integradores para o enriquecimento curricular: atividades curriculares de extensão, trabalho de conclusão de curso, estágio curricular supervisionado e atividades complementares. A UC IV contempla o núcleo de estudos entendidos como de livre escolha do acadêmico, com o objetivo de ampliar a sua formação, complementando, além de destacar as suas habilidades e competências. Os créditos de livre escolha podem ser cursados em qualquer curso da UNEMAT ou em Mobilidade Acadêmica em outras instituições de Ensino Superior.

Formação teórica articulada com a prática

No curso existem algumas formas de integração de teoria e prática, e nos eixos formadores são encontrados a maioria dessas integrações. Na seção seguinte são apresentadas as unidades curriculares e atribuídos créditos para cada disciplina, cada crédito (cr) corresponde a 15 (quinze) horas, e para cada disciplina os créditos são distribuídos em teóricos (T) e práticos (P). Os créditos teóricos obrigatórios compreendem aulas teóricas. Os créditos práticos obrigatórios compreendem: aula prática, aula em laboratório e aula de campo. Assim, somandose perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares o curso proporciona atividades que articulam a teoria, a prática e o contexto de aplicação. Existem disciplinas que possuem parte das aulas em laboratório e algumas que são ministradas no laboratório. Dessa forma, permitindo o desenvolvimento de habilidades para lidar com o conhecimento de maneira crítica e criativa. A utilização de espaços de laboratórios de física, desenho, simulação computacional, medidas elétricas e montagem de experimentos servem para apoiar a graduação, de forma que o aluno interprete os fenômenos físicos, desenvolva as capacidades de abstração e fixação dos conceitos teóricos das disciplinas da graduação. A experiência do aluno na elaboração de experimentos, sob a supervisão do professor, pode capacitá-lo a identificar e fixar as variáveis fundamentais discutidas em sala de aula, aproximando o acadêmico da realidade prática. O curso apresenta disciplinas específicas de formação profissional que apresentam como prática metodológica o desenvolvimento de projetos, principalmente a disciplina de Desenho Técnico para Engenharia, Instalações Elétricas I e II e Planejamento e Projeto de Sistemas de Distribuição. O projeto é uma forma de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos, ao mesmo tempo é uma forma de vivenciar uma experiência próxima à do mercado de trabalho. As disciplinas que possuem essa característica são necessárias para a formação do profissional. Outra maneira de vivenciar situações do mercado de trabalho é através da Empresa Júnior do curso de Engenharia Elétrica de Sinop - Energy Projetos Elétricos e Consultoria - https://www.energyprojetos.com/. A empresa foi formada em 2015 realizando projetos e consultoria sem fins lucrativos para a sociedade com seu corpo de diretores e trainees composto por alunos, e em 2018 tornou-se federada à Brasil Júnior. Por fim, a outra forma de prática articulada com o ensino é o campo. Essa forma de estudo é na maior parte vista em estágios supervisionados e nas ações de extensão. No caso da extensão o aluno é supervisionado diretamente por um professor e no caso do estágio pode ser supervisionado de forma direta e indireta através de um supervisor na empresa concedente de estágio.

Núcleos de formação

O curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica possui 3.950 horas, onde 210 horas são da UC I. Formação geral/humanística, 2880 horas da UC II - formação específica, 680 horas da UC III formação complementar/integradora e 180 horas da UC IV - eletivas de livre escolha. Cada unidade curricular contribui para o delineamento do perfil do egresso proposto e ao desenvolvimento das competências estabelecidas. Além das atividades de pesquisa acadêmica, que são esporádicas, e não pertencem a esses eixos. As disciplinas junto com suas respectivas áreas e pré-requisitos são listadas nas tabelas abaixo, conforme a sua unidade curricular de formação. Em seguida são definidas as principais especificidades do currículo do curso, de acordo com a fundamentação legal vigente, incluindo trabalho de conclusão de curso, estágio curricular supervisionado, atividades complementares e ações de extensão.

Avaliação do Curso

A avaliação praticada no curso deve estar em conformidade com o Art. 13 da RESOLUÇÃO Nº 2, DE 24 DE ABRIL DE 2019, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia), que estabelece que a avaliação é um reforço para o aprendizado e desenvolvimento de competências. As regras de aplicação da avaliação são descritas na normativa acadêmica da UNEMAT (RESOLUÇÃO Nº 054/2011 – CONEPE), os quais são as mesmas submetida a qualquer curso da UNEMAT.